Contudo, o Facebook não deixa de ser uma incógnita a alguns níveis. O financeiro, por exemplo. Este gráfico, reproduzido do Silicon Alley Insider, é demonstrativo: a receita por visitante é pequena.
Não é nada fácil extrair dinheiro da comunicação que as pessoas fazem online. O Google consegue através da publicidade em cima das suas pesquisas e também da rede de publicações associadas, que são milhões. Mas aí estamos a falar de publicação, de conteúdos, e não de partilha de gostos, devaneios, links, conversa.
Outros dois artigos (em Inglês) cuja leitura aconselho, sobre o fenómeno Facebook:
The age of Facebook, de Michael Arrington:
Last week Facebook unveiled a variety of new developer tools, and new consumer applications are set to be launched in the near future. What’s most interesting about these changes aren’t the debates about whether what Facebook is doing is good for the Internet or not, or how open or not open their solutions are.
Those debates are important but they don’t affect the Facebook revolution any more than debates about Adsense a decade ago affected the decade of glory that Google just experienced. The fact is that Facebook is permeating the Web. Publishers, us included, are clamoring to organize our websites in ways that please Facebook.
Is Facebook the new internet and how soon before Microsoft tries to buy it?, de Mark Cuban (sim, esse, o dono da equipa de basquetebol da NBA, Dallas Mavericks).
If you are like most, you kill more time hopping around on Facebook than you do exploring the Net. IMHO, while good old TV remains the ultimate, passive cure for boredom at home, Facebook is now where we kill time at work, on our mobile devices or while at home with the TV on.
Everything that the net was 5 or more years ago, Facebook is today.
[...] Brilliant in its simplicity. Facebook is putting out trojan horse after trojan horse and no one seems to care. The only thing FB has not done is create a mobile operating system ala Android/Iphone as a platform for applications.
5 comentários:
o twitter ainda pior .. ;-(
Por outro lado, a quantidade de visitantes no Facebook torna o negócio muito mais rentável do que parece. Vejamos, por exemplo, no caso dos serviços online da Microsoft. Comparativamente, a Microsoft ganha apenas uma fracção daquilo que o Facebook ganha. E a Microsoft, como se pode constatar dos resultados financeiros, não consegue fazer o serviço render.
O Google também não tem um modelo que mantenha as pessoas no seu serviço. O objectivo é que elas entrem e saiam rapidamente (com excepção do YouTube). As receitas vêm de conteúdos de outros, ou seja, o valor por visitante do Google é mais por visitante a sites que tenham serviços do Google.
O Yahoo, ao contrário do que se pensa, ainda é grande. Mas funciona ao contrário do Google. Tenta prender as visitas um pouco mais aos seus serviços. Ainda conseguem fazer bastante dinheiro nesse negócio. O Facebook deverá ter receitas que estarão quase ao nível do Yahoo.
KTachyon, sobre a Microsoft, nada sei. Os resultados do Facebook são maus. Isso, contudo, pode ser lido positivamente: significa que ainda têm muito por optimizar ;) É uma forma de ver as coisas. Outra: sites semelhantes no passado, como o MySpace ou o Hi5, nunca passaram à otimização.
Quanto ao Google, as receitas também vêm do conteúdo dos outros, sim, Mas nem de perto "vêm de conteúdos dos outros" Do conteúdo dos outros vêm 1/3 das receitas do AdSense. Tirado do relatório do primeiro trimestre:
Revenues – Google reported revenues of $6.77 billion in the first quarter of 2010, representing a 23% increase over first quarter 2009 revenues of $5.51 billion. Google reports its revenues, consistent with GAAP, on a gross basis without deducting TAC.
Google Sites Revenues - Google-owned sites generated revenues of $4.44 billion, or 66% of total revenues, in the first quarter of 2010. This represents a 20% increase over first quarter 2009 revenues of $3.69 billion.
Google Network Revenues - Google’s partner sites generated revenues, through AdSense programs, of $2.04 billion, or 30% of total revenues, in the first quarter of 2010. This represents a 24% increase from first quarter 2009 network revenues of $1.64 billion.
Temos que concordar que os resultados do Google incluem o YouTube, que foi uma das coisas que eu estava a tentar excluir, só para pôr as coisas noutra perspectiva.
Os resultados do Facebook não precisam de ser considerados necessáriamente maus. Como disse, têm muita margem por onde podem optimizar. Tendo em conta volumes de visitas e tempos médios de tempo gasto, o Facebook consegue ocupar mais tempo à totalidade dos utilizadores que os serviços da Yahoo e da Microsoft juntos.
KTachyon, iup. Em termos de atenção, o Facebook tem sem dúvida um registo notável. A questão aí é até que ponto conseguirá aguentar. A história tem demonstrado que os públicos da web social são altamente volúveis. Colossos de há 4 anos atrás, como o Hi5 ou o MySpace, são hoje desertos povoados por nicknames fantasmas e bots sem atenção humana.
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