• Feed RSS
  • Email newsletter
0
Entediados com a oferta esmagadora de entretenimento que inclui jogos onde o objectivo é atropelar velhinhas, adolescentes e desocupados procuram novas adrenalinas. O Chatroulette veio abrir uma nova frente na socialização e em poucas semanas originou uma verdadeira vaga. Três clones: jaydoe.net, zupyo.com e o camcarousel.com, que vende o programa para você lançar o seu próprio chatroulette. E vários scripts que estabelecem contactos aleatórios entre desconhecidos no messenger. Os encontros fortuitos viraram o mais bizarro culto da web social por estes dias. Next!

Facturar é fácil
Serviço de origem portuguesa: www.invoicexpress.com. Seja por conta própria ou pequena empresa, eis facturação simples e económica. Eu uso.

A propósito do frenesim com que os executivos da indústria mediática presenteiam o iPad: como poderá evoluir a leitura nos dispositivos digitais móveis? Acha o leitor que evoluirá para vídeo em vez de fotos, como n'O Profeta Diário de Harry Potter?

OK, eu também, mas pensemos novamente. Pense em uma "página" onde "sons, imagens e outros tipos de eventos ambientais podem ser acionados de forma apropriada de acordo com a posição do olhar", de acordo com o movimento dos olhos, de acordo com perguntas que faz ao "livro" ou ao "jornal" que está a ler.

Pense Texto 2.0. Como eles dizem: "Text 2.0 é interativo mas sem a necessidade de controle explícito. Por uma simples detecção do movimento de leitura o sistema reconhece o actual ponto de atenção, o que permite criar uma atmosfera cheia de sentimentos, por exemplo, utilizando sons de vento e água, música de fundo emocional ou temas".

Usando sistemas de eye-tracking disponíveis no mercado juntamente com HTML, CSS e JavaScript, a equipa de pesquisadores criou uma tecnologia de melhoramento de leitura chamado Text 2.0.

Da notícia da H+Magazine, Does This Headline Know You're Reading It? (que foi slashdoted):

"Não se trata de simplesmente usar luz infravermelha, uma câmara e o movimento dos olhos para mover um cursor e os botões de clique: Text 2.0 infere as intenções do leitor e aumenta a experiência de leitura de forma muito mais complexa. Ler certas palavras, frases ou nomes pode desencadear o aparecimento de notas de rodapé, traduções, definições, biografias -- até mesmo efeitos sonoros ou animações. Pergunte como uma palavra é pronunciada e obterá uma resposta verbal. Se proceder à desnatação do texto, desvanecem-se as palavras menos importantes. Se o seu olhar sair da página, quando voltar um indicador aparece automaticamente, apontando para onde parou de ler".


Veja o vídeo abaixo e entenderá facilmente. A equipa é sustentada pelo Centro de pesquisa alemão para a Inteligência Artificial.


Vários leitores me perguntaram qual a razão da opção pelo Blogspot para alojar o Ondas na Rede. Na realidade, desde o momento da opção que tencionava escrever um post sobre ela, uma vez que é insólita.

Insólita não no sentido de estranheza pela plataforma: conheço-a desde que há blogs e se é verdade que nunca editei nenhum blog meu no Blogspot, experimentei a plataforma nas suas duas versões, quer por razões profissionais de acompanhamento, quer para realizar migrações de blogs de amigos e familiares.

Insólita porque eu sou -- pensam as pessoas -- um defensor do WordPress. E também um defensor dos blogs alojados em servidor próprio.

A segunda é mais certeira que a primeira. Os meus blogs, pessoais e profissionais, foram produzidos em 3 plataformas diferentes mas sempre em domínio próprio.


Usei primeiro um sistema que não ficou para a memória, depois o Movable Type e finalmente estabilizei no Wordpress. Usei o domínio pauloquerido.com, pauloquerido.net e ultimamente o pauloquerido.pt (recuperando o .com para um segundo blog em Inglês sobre o jornalista programador).

Uso e recomendo em geral o Wordpress na versão de alojamento próprio. Caso não possa ser (o alojamento próprio comporta custos), recomendo o Wordpress.com, que usa o mesmo motor editorial mas com limitações, decorrentes do alojamento num subdomínio do wordpress.com (género pauloquerido.wordpress.com).

O Blogspot, com o motor editorial Blogger, é a segunda escolha. A terceira, lá ao longe, o Typepad. Ou nem isso: hoje as plataformas de microblogging, como o Tumblr, resolvem. E ainda pensei no Tumblr, do qual gosto muito.

Cada vez mais estranho!, pensa agora o leitor. Então veio para a segunda escolha?

Simples. Eis as três razões.

Primeiro, o blog aqui é temporário. A decisão de colaborar com o Correio da Manhã foi tomada por mim e pelo Octávio Ribeiro muito depressa, e não havendo nada que me impedisse de começar a escrever na semana seguinte, assim se fez. Ora, activar o blog no domínio do Correio da Manhã era impraticável em tão curto período de tempo, dadas as circunstâncias comuns nos jornais portugueses.

Assim, se queria começar o blog no mesmo tempo da coluna, como acho que deve ser, eu necessitava de o abrir por minha conta.

Segundo, precisava de simplicidade e de não desperdiçar tempo. Nada de elaborados blogs com plugins e temas, alojados em domínio próprio.

Logo, teria de ser numa plataforma onde seja fácil criar um blog, fácil meter-lhe um template decente, e seguir para bingo. O primeiro pensamento foi para o Tumblr, mas não resistiu à triagem: é demasiado simples e "longe" de como em Portugal  vemos os blogs, e tinha uma curva de aprendizagem pior para mim, que conheço mal aquilo.

Restavam Wordpress, escolha óbvia, e Blogger, depois.

Terceiro, e determinante para excluir a escolha óbvia: queria incluir conteúdo externo, por Javascript ou até mesmo HTML frame, e isso não é permitido no Wordpress.com nas contas normais.

A terminar, a surpresa. A plataforma Blogger tem evoluído menos, e devagar, mas não esteve parada. Há vantagens na associação ao Google-motor de pesquisa, uma vez que começa imediatamente a ser indexado. Já tem publicação diferida -- a capacidade de agendar a publicação de um post numa data futura, uma funcionalidade que não tinha há uns tempos, quando cá andei pela última vez.

Está explicado. Não sei, ainda, quando migrarei o Ondas na Rede para a sua casa natural,  no Correio da Manhã, mas até lá estamos aqui muito bem colocados.
O serviço mais útil para bloggers e jornalistas que vi nas últimas semanas é o dlvr.it, que testei ontem mesmo, dia em que abriu a sua fase beta ao público. O dlvr.it resolve da melhor forma, até agora, o problema da multiplicação das redes de distribuição de conteúdos.

Antes da Internet era simples, estupidamente simples. Um jornal contratava uma distribuidora, de entre um leque muito reduzido delas, e cada exemplar era entregue numa rede de postos de venda.

Veio a Internet e a coisa manteve-se simples: além da distribuição em papel, publicavam-se as notícias no site e as pessoas "navegavam" até lá.

Veio a blogosfera e a coisa começou a complicar-se. Mas pouco. Um blogger publicava um post e os amigos e leitores "navegavam" até lá para o ler. Às vezes, comentava uma notícia de jornal, referida através de um link. Os links em artigos e posts são um canal rudimentar, ainda que poderoso, de distribuição de conteúdo.

Veio o RSS e a coisa complicou-se um pouco mais. Além do leitor ir ao site ou ao blog, os editores passaram a distribuir o conteúdo num formato "push", empurrando-o para o sítio onde o leitor prefere reunir as muitas fontes para seleccionar o que pretende efectivamente ler, poupando-se à canseira de "navegar" por dezenas, às vezes centenas, de fontes.

Com as redes sociais o problema da distribuição virou pesadelo. Tornou necessário distribuir os conteúdos por mais "sítios" e aplicações. Um trabalho manual as mais das vezes, automatizável por algumas, raras, ferramentas de primeira geração, que deixam a desejar por um motivo ou outro. A lentidão e a ausência de definição de ritmos de distribuição eram, na minha opinião, os piores motivos.

Entra o dlvr.it. Simplicidade e elegância. Eficácia também. Defino fontes e defino destinos; associo cada fonte, ou conjunto, a cada destino, ou conjunto. Defino o ritmo de distribuição e a quantidade. Está feito: cada post meu passa a ser distribuído em simultâneo no Twitter, LinkedIn e Facebook. Não preciso de problematizar a distribuição ligando as contas das redes sociais umas às outras -- o que leva a aborrecimentos como a duplicação.


Link: dlvr.it
E o Prémio O Grupo Facebook Mais Bem Disposto da Semana vai para: NÃO! Eu não estou sempre no faceboook, isto é que fica ligado!

Em menos de uma semana, este grupo do Facebook superou a barreira dos 1.000 fãs. Eu fui o 1.177, pelas minhas contas.

Outros grupos bem dispostos cativam muitas pessoas, mas ficam-se pelo título engraçado. Este tem obtido bom nível de participação, com um registo peculiar: cada um contribui com uma frase curta, tipo tweet. Eis algumas:



Luis Leote Impossível! Quem é que disse isso? Isto é uma conspiração!


Ricardo Santos Eu ??? isto é uma cabala que está a ser montada contra nós!!!


Matilde Alexandre Facebook? Ligada? Eu? ;) até parece!


Maria Manuel Villa-Lobos Carvalhaes Tenho mais que fazer.Era só o que faltava.

Rosa Silvino 
Eu tb, raio dos computadores, será uma virose?!





1

A propósito do meu regresso a uma coluna de papel, uma leitora colocou a dúvida no Facebook. Respondendo-lhe, aproveito para fazer um breve zoom à relação dos jornalistas portugueses com os novos formatos da notícia, partindo da minha experiência prática.

P: Ás vezes parece-me que para os jornalistas o formato de papel continua a atrair-lhes muito, o outro é um refúgio.Estarei errada?

R: Depende dos jornalistas. Eu gosto do papel, tenho 30 anos dele, sou (era) dos que fecham a edição nos acabamentos e vão à gráfica, à boca da rotativa.

É claro que gosto de escrever para o papel. Mas não leia nisto nada de saudoso. Não eu: passei os últimos anos a aprender sobre a edição em linha e em rede e a publicar em digital. Se quer saber, isso custou-me algum transtorno na carreira. Digamos que estava um pouco adiantado em relação ao calendário do meu antigo jornal, e até mesmo do jornal para que trabalhei ocasionalmente (Expresso e Público, respectivamente). Formatos jornalísticos rigorosamente inovadores em Portugal, como um newsmap (quando a gripe suína começou), um agregador em tempo real (eleições internas no PSD em 2008) e um dossiê de cobertura total, com gráficos inéditos, das 3 eleições de 2009, foram recebidos com indiferença nos respectivos jornais.

Aos poucos todos os jornais (que se prezam de ter futuro e audiência) recorrerão a esses formatos, pelo que o meu tempo não terá sido perdido :)

Mas voltando à questão: é verdade que há jornalistas, bem como leitores, que continuam a pensar que o papel "é que é" e que a rede é secundária, quando não mesmo desprezível. E não serão tão poucos assim...

Dois aspectos reforçam a convicção deles. O aspecto económico da atividade (ainda não é claro o modelo de sustentabilidade dos jornais online, nem mesmo se existirá um) e, em Portugal como noutros países com algum atraso social, o reduzido número de consumidores do produto jornalístico. O papel e a rádio e a televisão souberam adaptar-se (nem sempre pelas regras do mercado...), o online é demasiado novo e diferente para ter de o fazer.

Em síntese: como profissional, escrevo para onde tiver de o fazer. Eu como qualquer outro jornalista. Gosto do papel mas prefiro os novos territórios da edição e a exploração dos formatos que fazem do jornalismo uma actividade fascinante. Prefiro-os há muitos anos.


Na imagem abaixo, outro dos formatos diferentes de recolher, filtrar e apresentar informação, para benefício dos leitores: um mini-site que apresentava todas as notícias, posts em blogs e tweets sobre as eleições americanas que opuseram Obama/Biden a McCain/Palin, bem como um mapa dos resultados e uma selecção de notícias e artigos (curating) feita por uma equipa Pro-Am. Em 2008 a maior parte desses conceitos era alienígena no jornalismo português. 

0
O clamor da sociedade hipermediatizada, que remexe tudo e escrutina todos os poderes, tornou inescapável para a Igreja o assunto da pedofilia. Bento XVI é o primeiro Papa a entrar na linha. A Carta de desculpas aos católicos irlandeses, publicada ontem, é a primeira a usar os novos canais: um novo site, 6 canais no Twitter (@news_va_pt em português) e 4 canais no YouTube vão difundir as mensagens do Vaticano e alguns dos seus ficheiros secretos -- e não apenas sobre rapazinhos. Saúdo a abertura ao mundo. Ver www.resources.va (inclui tradução portuguesa da Carta).

Socialize em casa

"Prepara um jantar. Convida o mundo. Diverte-te" é o mote do InnerDinner.com, criado pelos conimbricenses Nuno Tavares e Nuno Rodrigues.