A Vodafone optou por uma promoção perigosa no Facebook. Desde dia 25 de Março e até 14 de Abril, anunciou que vai dar 190 140 bilhetes, 10 por dia, para o Rock in Rio Lisboa a quem fizer a palhaçada de adicionar a frase "Eu vou com a Vodafone" ao seu nome, for fã da página da empresa e der uma resposta certa a uma pergunta qualquer por mensagem pessoal.
Já houve 40 vencedores do concurso. Sim, 40, ou 5 por dia, metade dos previstos 10 por dia, tal como rezavam as regras: "serão oferecidos 10 bilhetes por dia". A página tinha 9.366 fãs ontem ao fim do dia, não sei quantos tinha antes da campanha começar.
Como era de esperar, já surgiu um grupo impulsionado pelos que acham a campanha indigna. EunãovoucomaVodafone ( a minha identidade não é para venda ) apareceu há poucas horas. Além da indignação, o grupo alerta que a Vodafone está a infringir as regras do Facebook, citando uma delas.
Fui ler e efectivamente a regra 4.2 é ignorada pelo concurso da Vodafone:
4.2 In the rules of the promotion, or otherwise, you will not condition entry to the promotion upon taking any action on Facebook, for example, updating a status, posting on a profile or Page, or uploading a photo. You may, however, condition entry to the promotion upon becoming a fan of a Page.Mas não é a única. Toda a secção 3 está em violação, no meu entender. Para não mencionar o ponto 2.1, das Proibições. Se o Facebook tivesse uma razão para abrir os olhos, o "passatempo" (como a Vodafone chama eufemisticamente à sua promoção, para ver se passa pelos intervalos da chuva) seria proibido de imediato.
Digamos que fico um pouco perplexo com este tipo de falta de cuidado por parte da comunicação de uma multinacional atenta, como é o caso. Que se passa, Vodafone?
ACTUALIZAÇÃO: Recebi um mail da Vodafone informando que, na sequência das minhas observações aqui, "o passatempo “Eu vou com a Vodafone!”, nos moldes actuais, se encontra suspenso".
A Comunicação Institucional, Apoio à Gestão e Responsabilidade Social da Vodafone informa ainda que "as novas regras para participação serão divulgadas na página onde decorria a versão anterior. Informamos que todos os bilhetes atribuídos até ao dia de hoje, 1 de Abril, serão enviados para os vencedores pelas vias anteriormente divulgadas".
O mesmo mail corrige um erro meu, que aliás já fora detectado por leitores e apontado nos comentários: O passatempo decorre de 2ª a 6ª Feira, "terminará no dia 14 de Abril, e não ocorre no dia 2, o que totaliza 14 dias efectivos, correspondentes a 140 bilhetes e não a 190", como referi anteriormente. Alterei o post em conformidade.
56 comentários:
A Vodafone anda distraída...
Enfim Paulo, como tu próprio te descreves como "consultor de new media" devias saber perfeitamente que todas as marcas fazem promoções no Facebook que "violam" as regras do mesmo. Basicamente lembro-me de... todas as que fizeram algo no FB!
Quanto à Vodafone estar a oferecer apenas 5 bilhetes por dia em vez dos 10 anunciados, não percebo em que é que te baseias visto que na própria página do passatempo está publicada a lista de vencedores e eu (que sempre fui mau a matemática) consegui contar 10 por dia http://www.facebook.com/vodafonemusica#!/notes/vodafone-musica/vencedores-passatempo-euvoucomavodafone/373254038137
Quanto ao resto, acho que cabe a cada um decidir se quer participar ou não!
Eu sinceramente não acho estúpido mudar o nome para receber um prémio. Houve milhões de outros passatempos que pediam para mudar a foto de perfil algo que eu acho muito mais ofensivo...
Sinceramente, acho que cabe a cada um a decisão de participar ou não.
Se acharem abusivo, não participam, se não acharem... participam!
Acho mesmo um bocado ridículo alguém que se gaba de ser o Senhor da Internet em Portugal e bla bla bla vir com este comentário púdico e ridículo no mundo de hoje.
Nuninho, não, não sei tal coisa e como consultor de media nunca recomendei, nem recomendarei, uma violação de ToS.
Não ando a fiscalizar as promoções no FB, pelo que fico com a sua certeza de que *todas* violam o ToS.
A sua matemática precisa realmente revisão: divida 40 premiados por 7 dias. Foi essa a conta que fiz. O meu objectivo com ela era ilustrar que o concurso não tem cumprido as suas próprias regras: falharam dias na atribuição de prémios. Não sei se por falta de concorrentes, se por azelhice do promotor.
Quanto ao resto, como diz, é uma questão de opinião. Eu acho estúpido mudar o nome para receber um brinde. Você não acha.
Você faz ainda alguma confusão entre prémios em concursos comerciais e participação cívica e empenhada em causas: as mudanças de foto de perfil a que alude. Nunca vi uma mudança dessas para prémios comerciais -- e se a vir, criticá-la-ei pela mesma tabela. A outra, não pratico mas tenho respeito pelas atitudes cívicas das pessoas.
De qualquer forma, não escrevi uma palavra no sentido de proibir as pessoas de escolherem fazer algo que eu considero inadequado -- já você o faz despudoradamente, sem sequer se importar de recorrer a uma mentira para diminuir a minha opinião através do ataque pessoal.
Acho mesmo um bocado triste o nuninho fazer afirmações cretinas que não pode provar.
Eu próprio já tive problemas com uma das campanhas da Vodafone, além de ter ganho um prémio correctamente, seguindo a regras do concurso, no final vieram dizer que afinal já não me podiam atribuir prémio. Por isso não duvido nada que quebrem as suas próprias regras infelizmente... Mais uma vez campanhas no mínimo duvidosas... Enfim
Abraço e parabéns pelo artigo
Tal como disse, eu sou mau a matemática portanto não faço contas, observo o presente e o passado e faço as minhas elações. Tanto o presente como o passado dizem-me que estão/foram oferecidos 10 bilhetes por dia, logo a promessa da Vodafone de oferecer 10 bilhetes por dia está a ser cumprida.
Quanto a nunca ter visto um único passatempo que exigisse a mudança da foto de perfil ou algo afim para a atribuição de um prémio comercial, assim de repente sem pesquisa lembro-me da "Guilhotina Nokia" ( http://www.facebook.com/pages/Guilhotina-Nokia/86993154899 ) que exigia que se trocasse a foto de perfil para uma que eles atribuíam que se bem me recordo era um telemóvel que ao mesmo tempo era o prémio.
A campanha foi um sucesso e na altura apesar de não ter concorrido por, lá está, achar que era pedir "demasiado" para o prémio achei que era uma boa iniciativa com a sua piada e sem a menor dúvida com muita exposição.
Rui, obrigado. Chegou a queixar-se dessa vez?
Carlos Sousa, pois anda...
Nuninho, o concurso foi prometido com prémios todos os dias exceto um (que ainda não passou) mas não o tem sido. Logo, a promessa da Vodafone de oferecer 10 bilhetes por dia não está a ser cumprida.
O facto de ter havido uma campanha antes a pedir a troca de foto, o que tem a ver com esta campanha ou com o artigo sobre ela? Se quer que eu comente, pois acho que a Nokia não a devia ter realizado. Penso ser má ideia pedir às pessoas que mudem de foto ou de nome para ganhar um telemóvel/bilhetes/um lugar no céu. É o que eu penso e marca que faça isso desce na minha consideração. Não tenho a pretensão de achar que isso tem importância para a marca -- mas tem para mim.
Nuninho, de seu nome Nuno Melo Cristino ( http://pt.linkedin.com/in/nuninho ) Junior Copywriter na Excentric a empresa dita especialista que está a fazer esta campanha para a Vodafone. #Failtotal
A promoção/passatempo como o Paulo indica viola claramente os ToS do Facebook. O Nuninho indica que todas as promoções de que se lembra violam os ToS do FB. Mesmo que tal fosse verdade - que não é - não serve como justificação para que a Vodafone o faça. O exemplo da Guilhotina da Nokia, como outros como foi o caso do photo tagging promovida pela Ikea, não servem de exemplo porque foram passatempos desenvolvidos antes da alteração dos ToS relativos a passatempos e promoções.
A ideia é boa, a Vodafone consegue buzz e provavelmente um aumento significativo no número de fãs, mas viola os ToS. Simples. Se o FB resolver eliminar a página da Vodafone e/ou os perfis de quem aderiu ao passatempo, também será algo normal e simples.
Bruno, sim, é isso: simplesmente isso.
Perigosa noticia de um falso perigo.
Fiquei deveras assustado, pensava que era algo ligado ao terrorismo : )
Afinal estavam só a oferecer coisas, que horror.
Espero que as pessoas que como eu têm "viúvo" no perfil não sejam igualmente punidas.
Nobody expects the spanish inquisition!!
cumps
Paulo, só um reparo, são 5 dias e não 7! Eles nunca disseram que era todos os dias, disseram sim que era (e passo a citar) 'Diariamente, de 2ª a 6ª feira'. Claro que há um erro ao dizer diariamente, mas de resto está bem esclarecido
No meio de tudo isto, o que para mim é mais chocante é o facto das empresas que "tratam" da web social para outrém, continuarem a fazer asneiras como esta que o "nuninho" estava a fazer aqui. Será que não aprendem que mais vale dar a cara logo de uma vez?
A minha pergunta agora é: O "nuninho" é "Trainee at Excentric". Será que chega a assinar contrato?
Pedro, tens toda a razão: mais vale dar logo a cara de uma vez e quanto mais depressa se corrigir a situação, melhor para todos -- em especial para a marca. (Se for caso de corrigir... Este manifestamente era, mas às vezes há injustiças sociais).
Se está em estágio, é porque não está ainda ensinado. Quero acreditar que esta situação foi aprendizagem para o Nuno. (Eu aprendi algo: aprendi que a Vodafone está mais atenta do que parecia. Ótimo.)
Curioso, Pedro, é ter tido dois exemplos da atenção, e da rapidez, de grandes empresas às vozes nas redes sociais num curto período de tempo (sabes a que me refiro). Talvez faça um artigo só sobre isso.
Sabes, acho que elas começam a prestar atenção. Algumas, infelizmente, ainda não o têm como preocupação estratégica, dedicando-lhe recursos... Oficiosamente, lá vão prestando atenção a um ou dois eventos/pessoas de maior destaque/influência e despertando alertas tipo telefone vermelho sempre que acham necessário... Outras entregam a outsourcings vistosos e com muitos termos modernos nos seus sites, a função de "controlar a web social" sem perceberem que falham logo nessa premissa inicial... Controlar... Como sabemos, nenhuma dessas vias será a mais correcta ou pelo menos, a que melhor resultados trará mas, é um começo efectivamente...
Escreve, escreve... Eles vão ler de certeza. E isso é bom. Para todos.
Paulo,
Sou director criativo desde os 27 anos, com experiência em campanhas de todos os estilos e em todos os meios, mais dedicado à web nos ultimos anos.
Fui eu o responsável pela campanha da Nokia que referem aqui e apenas queria deixar um conceito que me parece interessante partilhar.
'Liberdade: é a autonomia e a espontaneidade de um sujeito racional. Isto é, ela qualifica e constitui a condição dos comportamentos humanos voluntários.'
As marcas são livres de fazer promoções nos moldes que entenderem. As pessoas decidem o seu sucesso ou insucesso com a sua liberdade de participar ou não. Tu és livre de escrever o que quiseres e eu sou livre para não ler. Estou farto de Velhos do Restelo.
TheKingOfLalalan, em que circunstância é que eu falei em sucesso ou insucesso desta campanha? Você é livre de dizer que é o maior da sua rua e arredores, eu sou livre para não acreditar. Estou farto de directores demasiado criativos na interpretação que fazem do que lêem.
Não é Lalalan mas Lalaland. O meu nome é João Geada e estou ao seu dispor para discutirmos estes temas publicamente. Sim, porque eu estou farto de jornalistas, 'especialistas' e todos os masoquistas que contribuem para manter o país na idade média.
Mais uma vez, a criatividade na interpretação daquilo que lemos, é uma liberdade que nos assiste.
Abraço e uma Santa Páscoa
Caro João Geada, escapou o "d" final no paste.
Quando diz "discutir publicamente" refere-se concretamente a quê? Acaso este é um espaço privado?
Ao seu dispôr, quando e onde quiser, para debater "estes temas". Sim, porque eu estou farto de directores criativos, "especialistas" em comunicação e todos os convencidos a quem a soberba impede de procurarem saber a que plateia se dirigem.
Não se esqueça desse seu comentário do 'acaso este é um espaço privado?' quando falar de deste maravilhoso mundo internáutico. O meu ponto é precisamente esse, o Facebook é um espaço privado? Quem tem direito de o regulamentar?
E concordo em absoluto consigo. Incluo na minha lista de 'pessoas de quem estou farto' os tais 'directores criativos, "especialistas" em comunicação e todos os convencidos a quem a soberba impede de procurarem saber a que plateia se dirigem'.
Sim: o Facebook é um espaço privado. Quem tem o direito de o regulamenta é a empresa, igualmente privada, que o opera.
Folgo em saber que concordamos em algo.
Pode um espaço aberto com o pressuposto de toda a gente se expressar livremente, ser considerado privado? Pode uma entidade privada condicionar ou regulamentar essa liberdade? Honestamente ainda não tenho respostas para estas questões.
Acima de tudo acredito que estas trocas de ideias, como a que estamos aqui a ter, provavelmente ajudarão a encontrá-las, assim como as iniciativas das marcas que vão, e bem, explorando estes limites.
Eu tenho. O Facebook não é um espaço aberto. Pelo contrário, é um espaço fechado, murado. É preciso uma autorização para lá entrar. O conteúdo que lá colocamos não é visível do lado de fora do muro, só estando lá dentro.
Uma entidade privada pode e deve regulamentar o espaço sub a sua jurisdição.
Ajudará pensar no Facebook como um condomínio fechado. Um GRANDE condomínio, mas ainda assim um condomínio fechado.
O proprietário do condomínio pode, e tem-no feito, aceitar mudar algumas regras em função dos protestos ou críticas dos moradores. Está no seu pleno direito. Como estão no seu pleno direito os moradores, ao pretenderem que o proprietário altere o normativo.
Isto, contudo, desvia-nos do essencial aqui. O essencial é que a Vodafone tinha uma campanha promocional que violava as regras e incomodou uma parte do público (tratar-se de uma parte minoritária não determina por si só ignorar, ou aceitar, o protesto de incómodo, deixando a empresa e todos nós livres para tomar posições diferentes); em função desse incómodo e das denúncias da violação, decidiu (no meu entender, bem) alterar o concurso. Não apenas passou a estar dentro das regras, como desfez parte do incómodo do público-alvo, desarmadilhando o potencial perigoso que esse tipo de protestos sempre encerra, e em especial no meio online.
Ao fazê-lo a Vodafone, se traiu alguma coisa, foi -- admito -- o ideário de quem idealizou a campanha assumindo o perigo. Os objectivos da campanha saem não apenas ilesos, mas reforçados.
O que um jovem decide fazer com o seu nome no Facebook é lá com ele. Faz parte das regras de socialização aceitar as reacções dos outros. Se eu, mero espectador de passagem, ou eventuais empregadores, acharem que é motivo para desconsiderar quem troque o seu nome, mesmo que pontualmente, por um bilhete, tornando-se veículo promocional de uma marca por um preço irrisório, o que o jovem (e quem idealiza uma campanha assim) tem mais de fazer é viver com isso. Não somos todos bois.
Temos obviamente pontos de vista diferentes.
Parabéns por ter as respostas, acredito que seja bem mais fácil de viver assim.
Pela parte que me toca, e não sendo um boi, vou continuar a acreditar na inteligência e liberdade do ser humano.
V. fala como se eu tivesse falado d'As Respostas. Eu disse apenas que tinha a resposta às dúvidas que colocou sobre o Facebook.
A diversidade não me preocupa. E de facto temos pontos de vista diferentes. Eu, por exemplo, acredito que seria muito mais difícil viver tendo As Respostas.
Já que se atenta à idoneidade do "Nuninho", ser consultor para a TMN não dá assim uma ajuda extra nestas questões de dizer mal e usar palavras como "perigo" para se referir a uma simples campanha?
Já agora, fala-se em trainees e coisas, já alguém leu a constituição? Alguém aqui por acaso sabe o que é liberdade de expressão, o simples falar a titulo pessoal ?
Ou o facto de se pertencer a uma qualquer instituição fica-se automaticamente inibido de ter uma ideia, de a expressar, por exemplo?
Que eu tivesse lido, não me recordo de ver o "Nuninho" a usar do seu direito a expressar-se vincando a sua posição como sendo da Vodafone ou da Excentric.
Penso que estão a disparar na direcção errada, completamente errada.
Bem-vindos a 2010, o tempo da outra sra já era.
Bem, é com imensa gratidão que vejo toda a gente menos a Vodafone pretender crucificar os mensageiros e poluir o ambiente comunicacional com todo o cardápio do F.U.D. e o arsenal da propaganda :)
Felizmente, quem tem realmente alguma coisa aqui em jogo leva isto mais a sério. Como eu levei ao redigir este artigo.
As resposta que procuro prendem-se com a actividade na web em geral, com a revolução social que a web está a provocar e à insistência de algumas pessoas em tentar aplicar as regras de outros tempos a uma nova realidade. Muros? Condomínio? Por favor meu caro, estamos no 3º Milénio e o muro caiu há muitos anos atrás.
Será que o boi de que fala é o que promove as marcas ganhando qualquer coisa em troca ou é o que aceita e acata qualquer regra sem questionar se será a mais adequada?
O Paulo c
João Geada, para o caso de ainda não ter reparado, verifique que o Facebook é uma rede fechada, não sujeita a pesquisa ou indexação por terceiros, invisível exceto se acedida segundo um contrato estabelecido entre o utilizador e a empresa.
A figura de estilo podia ser a do carneiro. Referia-me ao facto de nem todos estarem dispostos a aceitar placidamente (dá o boi) sermos instrumentos de marcas através da descaracterização da nossa própria identidade.
Não percebo o vosso problema com a liberdade. Invocam-na para justificar campanhas, mas atacam quem, usando da mesma liberdade, diz o que pensa. Se não for pedir muito: um pouco de auto-crítica teria aqui utilidade, não concordam?
substituir "dá" por "daí".
A crucificação começou pela o uso da palavra perigo para definir algo tão comum e banal como uma campanha publicitaria com vista a proporcionar bilhetes a pessoas. Isto num país que saiu de uma ditadura de respeitinho e que do pouco que evoluiu deixou estas marcas vincadas nas pessoas, que põe os seus interesses com falsas moralidades à frente do bem comum.
Convém referir mais uma vez, pode ter escapado, que no tal perigo não estamos a falar de proporcionar qualquer tipo de desvio social aos intervenientes na mesma, muito pelo contrario.
A poluição, quanto a mim, gera-se quando se enche um meio com palavras totalmente absurdas ao contexto em que se inserem.
Quanto ao levar a sério, parece-me mais uma vez que existe demasiada presunção do interveniente, menosprezando os restantes participantes nesta discussão.
Acha-se mais do que alguém aqui sr Paulo ?
É de um pouco de auto-crítica que estamos à espera caro Paulo.
T, está errado: a palavra perigo não foi utilizada para definir algo tão comum e banal como uma campanha publicitária, mas sim os potenciais efeitos negativos decorrentes das deficiências da campanha.
T, está errado: uma alteração do meu nome, ou designação, de forma a veicular uma marca comercial é um desvio social.
T, está errado: a alteração do nome das pessoas naquelas circunstâncias podia ter consequências negativas para as pessoas. Leia os termos de serviço.
T, não tenho a mínima presunção, além da presunção de querer defender o meu trabalho e as minhas convicções.
T, Não me acho mais do que mais ninguém nesta thread, exceto você. Acho-me mais do que você pelo simples facto de eu colocar aqui em jogo cada palavra que escrevo, e você não.
T, dito isto, não voltarei a responder-lhe.
Caro João, eu comecei por fazer a minha. Emendando no post os erros e clarificando as imprecisões. A Vodafone fez a sua parte: alterou as regras do concurso, que saiu beneficiado. Até agora, foi isto que se viu.
Diga-me que potenciais efeitos negativos tão perigosos seriam esses. Não digo isto em tom jocoso, gostaria realmente de entender.
Sabe que os regimes totalitários, sempre se acharam no dever de proteger as pessoas delas mesmas, achando que elas não tinham capacidade de se defender ou até de pensar por elas próprias. Isto respondendo a essa "coisa" do mudar de nome sem saber das consequências.
A reposta à presunção de que falava, foi mais uma vez dada por si.
Não percebi porque acha que eu sou mais do que alguém, afinal não fui eu que achei escrevi isto, que sinceramente afrontou-me:
"Felizmente, quem tem realmente alguma coisa aqui em jogo leva isto mais a sério. Como eu levei ao redigir este artigo."
Não percebendo bem o não querer responder a um post tão legitimo como este, isento de qualquer provocação ou insulto.
Suponho que o por vezes ser incomodo, é intrínseco a uma discussão, visto que as opiniões alheias são difíceis de digerir e lidar, falo por mim.
Assumo-o
Paulo, já não fizeste campanhas para a TMN no Twitter?
rteixeira, não. Já fiz publicidade no Twitter 2 vezes, devidamente identificada com a hashtag #pub. Uma campanha de vodka, no ano passado, e há dias uma campanha americana (via Ad.ly). Tenho em curso um contrato de publicação de tweets que não escolho eu: com a PNet, público e transparente (exceto valores, não querem mais nada, não?) como está aqui dito http://s3g.me/60h .
Não tenho por hábito revelar quem são os meus clientes, exceto quando isso tem algum tipo de interesse público. Como é o caso da publicidade no Twitter, como é o caso dos jornais para os quais trabalho, quando trabalho.
Qual é o ponto da questão? Onde é que ela é relevante para esta conversa? Porquê aqui, se o meu mail é público?
O Paulo é consultor da TMN? Não acha que isso é relevante para esta conversa?
João Geada, já o disse mas não me importo de repetir, agora com mais detalhe: a minha lista de clientes, sejam de consultoria ou de serviços, não é pública exceto quando entendo que, no âmbito dos contratos que celebre, essa informação tenha importância. Se pretender conhecer as condições em que celebro contratos de consultoria, terei todo o gosto em reunir consigo ou com algum cliente seu que queira aprofundar conhecimentos sobre a comunicação em rede. Não me parece, contudo, que este seja o espaço indicado para tal.
http://wiki.pauloquerido.pt/curriculumvitae
chamo particular atenção para esta parte: Consultor de new media (Adm. Pública, TMN, Impresa)
Caro João, obrigado por fazer o trabalho de casa. Estou certo que os outros interessados lhe agradecerão pela habilidade de que, pelos vistos, carecem.
Caro Paulo, pela altura do seu post neste blog já o regulamento do concurso em causa incluía um artigo relevante (existente desde 23 de Março): "7. Para ser vencedor, o utilizador tem de ser fã da página Vodafone Música, sob pena de ser eliminado. Ter no nome de perfil a expressão "Euvoucomavodafone" não é condição para ser vencedor ou para qualquer outro efeito nesta acção promocional."
Não consigo perceber qual o objectivo de tanto alarido em torno desta situação. A atenção e o cuidado de até verificar as regras de funcionamento do Facebook representa concretamente o quê? Em que é que isso beneficia o público em geral? Acho que há uma acentuada condescendência para com os utilizadores que, conscientemente e sem qualquer tipo de descaracterização, alteram um nome (que pode ser fictício e meramente virtual) de forma a ficarem habilitados a ganhar o que quer que seja, neste caso um bilhete para um festival. Não concorda que cabe ao utilizador avaliar a existência (ou não) de perigo ao alterar o seu nome? E como é que pode ser perigoso? Os pobres e coitados utilizadores do Facebook são tão facilmente influenciados e vão cair na armadilha publicitária da Vodafone. É este o seu medo? Não consigo perceber. No fundo, não será simplesmente uma decisão consciente de utilizadores informados que efectivamente desejam ganhar um bilhete para o festival, mesmo que isso implique andar uns quantos dias com uma máscara no nome?
Este comentário representa uma mera opinião de um leitor sem qualquer tipo ligação com qualquer um dos intervenientes e, indubitavelmente, menos instruído e experiente que o caro Paulo.
Cumprimentos,
Tiago Neves
Caro Tiago, impõe-se uma correcção: quando escrevi este artigo o regulamento do concurso da Vodafone fazia depender a vitória em cada dia da aposição da expressão "Euvoucomavodafone" ao nome de perfil. Mais rezava o regulamento que era obrigatório manter o "Euvoucomavodafone" durante o tempo de duração do concurso.
Algumas horas depois da publicação deste post recebi um mail da Comunicação Institucional, Apoio à Gestão e Responsabilidade Social da Vodafone informando-me que "A Vodafone não ficou indiferente às suas observações e informa que o passatempo “Eu vou com a Vodafone!”, nos moldes actuais, se encontra suspenso. As novas regras para participação serão divulgadas na página onde decorria a versão anterior."
Entenda a atenção e o cuidado de verificar as regras de funcionamento como a minha forma de validar a informação que me chegou através do grupo "EunãovoucomaVodafone ( a minha identidade não é para venda )". Não quis publicar nada sobre esta situação antes de verificar se este grupo tinha fundamentação. Se quiser, esteja à vontade para a entender também como um serviço gratuito prestado à Vodafone por um punhado de pessoas, onde me incluo, serviço esse que colmata a omissão de quem devia em primeira instância ter fornecido a informação à Vodafone. E refiro-me à informação completa sobre as "Promotion Guidelines" e não apenas sobre as mais visíveis, como a questão do nome. Se reparar nas diferenças entre o antes e o depois, constará que a Comunicação Institucional, Apoio à Gestão e Responsabilidade Social da Vodafone fez depois deste alerta o que devia ter sido antes: passou o concurso para o seu site (leia a secção 3.) e passou a facultativa a inclusão no perfil da expressão "Euvoucomavodafone" (ponto 4.2)
(segue...)
(...)
Ao contrário do Tiago, eu consigo perceber facilmente o alarido em torno deste post. Repare que o alarido vem não da Vodafone, não da agência responsável pela campanha, não de pessoas que participaram ou pretendem participar na promoção e ir ao concerto de borla (quem dera ter bilhetes para os adolescentes cá de casa! Mas nunca participei numa promoção nem vou agora começar). Veja de onde vem o alarido: de directores criativos e outros publicitários.
Se quiser entender as razões deles, passe pelo Ondas amanhã, ou subscreva-o por email (link no topo, à direita): já redigi e agendei para as 10 da manhã um artigo que fornecerá alguma luz.
Quanto às suas outras questões: cabe a qualquer promotor de uma campanha em propriedade alheia cuidar de que a sua acção não representará nenhum tipo de implicação para os eventuais participantes. Cabe a qualquer utilizador de qualquer rede avaliar da existência de algum risco decorrente das suas acções individuais e coletivas, uma vez que é ele o responsável dos seus actos. A mim não me cabe outro papel que o de procurar informar em especial os mais novos, mas não só (veja os nicks nesta mesma página e perceberá), para a utilização leviana e despreocupada das redes. A exposição pública comporta algumas mudanças face ao anterior paradigma, em que a vida pessoal se passava praticamente sempre em espaços privados ou, sendo públicos, de difícil escrutínio.
Em menos palavras: eu, empregador, procurarei currículos de jovens que não tenham ido a ponto de trocar uma migalha da sua imagem por um bilhete de concerto. Há empregadores assim, e não são poucos. Sabe, o que não falta é mão de obra.
Ao contrário do que, pelos vistos, alguns leitores desta thread parecem pensar (avaliando pelo que escrevem), eu não tomo à partida por pobres nem coitados os utilizadores do Facebook, antes os respeito, ao ponto de me ocupar em informá-los. Influenciáveis, todos somos e ninguém é. Agora, não é de todo em todo expressão que eu usasse, essa da "armadilha publicitária". A Vodafone fez uma acção que é oportuna e eficaz, é adequada aos públicos-alvo, é genericamente adequada ao meio online, e saúdo-a uma vez mais por isso. Ter alertado para os potenciais perigos da acção não desqualifica o que penso dela. Entendo que pelo contrário.
Uma nota adicional para a "máscara no nome". Compete a cada um de nós servir, ou não, de veículo para mensagens. Entre o extremo de quem compra roupa de qualidade sem marca, quem prefere marcas discretas e quem compra símbolos para ostentar, há para todos os gostos. Como há gente que acha que aderir a causas é premir um botão do Facebook, gente que dá sangue ou tempo, e gente que vai para disaster areas ajudar o próximo.
Percebo e aceito que há pessoas interessadas em aproveitar ao máximo o capital de ingenuidade existente numa tão grande massa de atitudes para passar mensagens a baixo custo. Percebo, mas não aceito, que as mesmas pessoas pretendam limitar a liberdade de expressão de quem, discordando mais ou menos delas, descreve as situações procurando que pessoas e marcas tenham interacções saudáveis.
Tiago, faço questão de agradecer a sua abordagem aqui, colocando as suas dúvidas e expressando as suas divergências sem para isso afrontar ninguém. É uma ajuda preciosa para manter esta thread nos trilhos e no tópico, objectivo ingrato e muito difícil de alcançar na blogosfera.
Caro Paulo, antes de mais agradeço-lhe a sua resposta e confesso que desconhecia o facto de o regulamento ter sido alterado e baseei-me no que vi na página destinada ao regulamento. Relativamente ao cuidado que teve em verificar a veracidade do que foi posto em causa pelo grupo criado para o efeito no Facebook resta-me apenas reconhecer que foi a atitude correcta a tomar.
Será com todo o gosto que aguardarei então para ler o próximo artigo, tendo visto a minha curiosidade sobre o assunto bastante aguçada no desenrolar dos acontecimentos.
Permita-me só que, entendida a sua intenção de descrever, informar e promover a interacção saudável entre marcas e pessoas, mantenha a minha despreocupação quanto a este assunto. É, sem dúvida, um descuido por parte da comunicação da Vodafone, mas não deixa de ser uma oportuna e eficaz acção promocional, como o Paulo referiu. Acho que a sua opinião relativamente aos utilizadores que efectivamente participaram activamente no "passatempo" é perfeitamente válida e faz todo o sentido (principalmente na pele de empregador). Receio apenas que o artigo reflicta um, permita-me, excessivo sensacionalismo em que se descreveram esta mera quebra das regras de uma rede social por parte de uma multinacional, a que isto se resume. Ambos concordamos que, e passo a citá-lo, "compete a cada um de nós servir, ou não, de veículo para mensagens" e é nisto que baseio a minha "desperplexidade" com o sucedido. Possivelmente, mudarei de opinião após o artigo de amanhã.
Aguardando ler o seu próximo artigo,
Tiago Neves
Não sei se já se aperceberam mas estão a tornar disto um escândalo! As pessoas são livres de fazer o que quiserem, que eu saiba ninguém é obrigado. Acordem, estamos no séc. XXI!!
Porque é que estão a fazer queixa desta campanha se já houveram centenas delas?
Sinceramente, não percebo porque criaram este tópico "estúpido".
Com franqueza e sem ofensa, só mesmo quem não tem mais nada que fazer...
Isto é a minha opinião pessoal.
Cumprimentos, Isabel Guerreiro L. Vieira
Cara Isabel, acorde: isto é um blog, não um forum onde se criam tópicos. Acorde, estamos no século XXI: tudo o que fazemos pode ser usado contra nós. Tipo, com franqueza e sem ofensa, leia o que vai comentar antes de o fazer, sempre evitará estar, er, fora de tópico.
Tiago, só não entendo a do sensacionalismo. Isto é um post como tantos outros, não lhe dei destaque especial -- nem sequer puxei por ele junto das redes, nem o republiquei nos meus outros canais, como costumo fazer para destacar algo.
Para mim foi o assunto do momento, para escrever um artigo. Procuro que os meus artigos tenham pertinencia ou outro tipo de valor. Este tê-lo-ia, na minha opinião, por constituir uma chamada de atenção.
A menos que se refira à popularidade da conversa subsequente -- para a qual dei apenas um modesto contributo, na exata medida do que me foi solicitado.
Abraço
Concordo com a opinião do autor do artigo e dou desde já os melhores agradecimentos pois eu, tal como muitos outros utilizadores do Facebook, alterámos o nosso nome, como forma de nos ser possível a participação no passatempo. No entanto, pelo que li até agora e após toda a discussão em volta, continuo sem entender para quê tanto barulho em volta de algo que foi já anulado pela empresa, como se encontra referido na seguinte alínea do regulamento do concurso:
"7. Para ser vencedor, o utilizador tem de ser fã da página Vodafone Música, sob pena de ser eliminado. Ter no nome de perfil a expressão "Euvoucomavodafone" não é condição para ser vencedor ou para qualquer outro efeito nesta acção promocional."
Mais uma vez, os melhores agradecimentos e a continuação de uma boa páscoa
Os criativos, não só os de profissão mas todos os merecedores do adjectivo, são normalmente pessoas viradas para o progresso, para a inovação, para a liberdade, para fazer coisas novas e frescas e ficam sempre muito preocupados quando encontram pessoas com audiência, mais viradas para manter tudo como está e que em pleno sec. XXI continuam a achar perigoso uma pessoa endossar uma marca.
Aqui fica um conselho a todos os leitores: Se alguma vez tiverem a necessidade de ir a uma entrevista de trabalho com o Paulo Querido e precisarem mesmo do emprego, NÃO USEM UMA T-SHIRT DE QQ MARCA QUE SEJA.
João Geada, continua asem fazer o trabalho de casa a mu respeito, é a única coisa que posso concluir. E adoro a forma como generaliza e em especial o seu uso da palavra "liberdade": o João associa a libertinagem e a ausência de regras às redes, é curioso.
Fico perplexo por ver gente da publicidade 1.0 relativizar ao ponto da inconsciência algo tão marcante da cultura reticular como o endosso. Não o devia fazer, João Geada. Mas vou considerar que daqui em diante isto entra na zona da consultoria: do ponto de vista editorial, esta thread está esgotada. Quando quiser, maile-me.
Tambem não fez o seu trabalho de casa acerca de mim. Publicidade 1.0?
João Geada, sei com quem estou a falar desde a primeira vez que lhe respondi.
Paulo,
Eu lembrei a questão de fazeres publicidade no Twitter, sendo esta paga, porque acho que é mais "grave" do que esta que mencionas aqui da Vodafone. E porque:
- No Twitter as pessoas seguem o individuo Paulo Querido e não a marca x ou y
- As pessoas quando seguem o paulo Querido não recebem qq acordo que informa o utilizador que estão sujeitos a publicidade de marcas e terceiros, tal como quando subscrevo uma newsletter ou um serviço de sms
- O Paulo Querido na sua pessoa faz dinheiro e cobra por usar a sua rede de contactos individual, que independentemente de estarem assinaladas com #pub pode ser considerada publicidade não desejada
No caso da Vodafone, são pessoas livres que alteram o seu nome se quiserem, é uma escolha, que ainda por cima usam o nome de uma marca e que esta marca autoriza o uso da mesma, ao contrário da maioria de grupos e páginas no facebook que são pessoas que criam sem qualquer autorização.
Gostaria aqui de realçar alguns aspectos sobre a tua actuação:
- Acho que a tua atitude e censura é prejudicial para a evolução da comunicação digital, pois uma vez que tanto censuras tudo e todos e depois como ainda te dão atenção, acabam estes assuntos por tomar demasiada dimensão. Engraçado que só censuras as acções da Vodfone e Optimus...
- Tal atitude cria à tua volta tantos anti-corpos que começas a ser tão censurado, que corres o risco de marcas e outros não quererem estar associados ao teu nome
- Lamentei muito os comentários sobre a pessoa "Nuninho" a qual identificas-te aqui profissionalmente, com o intuito claro de prejudicar a pessoa, com comentários típicos de pessoas pouco crescidas, acerca do contrato de trabalho...
O meu nome é Ricardo Teixeira, e comento aqui na forma de pessoa individual e como autor do blogue http://www.marketing2comunicacaodigital.com/
Ricardo,
tomo nota das suas preocupações acerca da minha conta Twitter. Entretanto, sugiro-lhe que me des-siga.
Aponte-me um caso em que eu tenha censurado acções, seja de quem for.
Não identifiquei aqui ninguém.
Ricardo: aprenda a ler.
O que me custa mais é ver que não querem aprender com os erros:
http://www.meiosepublicidade.pt/2010/04/07/familia-de-pano-da-confort-anda-no-facebook-com-ajuda-de-famosos/
"Bibá Pita, João Melo, Isaurinha Jardim, Afonso Lopes e Diogo Carmona estão a apadrinhar os perfis dos membros da Família de Pano Comfort no Facebook. O Pai, Mãe, Filha e Gémeos ainda não têm nome."
Só por isso mereciam que reportassem os perfis ao Facebook.
http://www.facebook.com/terms.php
"4 Registration and Account Security
Facebook users provide their real names and information, and we need your help to keep it that way. Here are some commitments you make to us relating to registering and maintaining the security of your account:
1. You will not provide any false personal information on Facebook, or create an account for anyone other than yourself without permission.
2. You will not use your personal profile for your own commercial gain (such as selling your status update to an advertiser)."
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